A greve de um grupo dissidente do sindicato dos Rodoviários do
município do Rio deixa o Rio mais uma vez sem ônibus urbanos, apesar do
plano de contingência da prefeitura, que colocou a Polícia Militar na
porta das garagens para permitir a saída dos coletivos. Os pontos de
ônibus ao longo da Avenida Brasil, principal ligação entre as zonas
oeste e norte com o centro da cidade estavam lotados por volta das 6h,
com muita gente sem conseguir chegar ao trabalho. O mesmo ocorria na
Avenida Marechal Rondon e Rua Teodoro da Silva, duas importantes
ligações viárias da zona norte com o centro.
Em nota, a prefeitura do Rio informa que colocou em ação um
plano de contingência para minimizar os impactos à população diante da
decisão dos rodoviários de paralisação por 48 horas. O plano prioriza
metrô, trens e barcas, reforçando as linhas de ônibus que fazem
integração física com esses modais, além de linhas essenciais para
deslocamento da população em áreas atendidas apenas por ônibus. Os
serviços do BRT Transoeste também fazem parte do plano.
A Polícia Militar vai garantir a segurança na saída das garagens
dos quatro consórcios, nas estações do BRT Transoeste e nos terminais
de ônibus para aqueles que optarem por não aderir à paralisação. Agentes
da Guarda Municipal e controladores de trânsito reforçarão a operação
nas ruas.
O Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus, informa que vai
entrar pela manhã com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho para
que considere ilegal e abusivo o movimento grevista convocado por um
grupo de rodoviários que anunciou a paralisação do serviço de ônibus,
nesta terça (13) e quarta-feira (14), na cidade do Rio.
A entidade esclarece ainda que está em vigência um acordo
firmado com o sindicato da categoria que assegura o reajuste salarial de
10% e o aumento de 40% da cesta básica, retroativos ao dia 1º de abril,
que já estão sendo pagos agora no mês de maio.
Nesta madrugada, a Justiça determinou que quatro líderes da
comissão de rodoviários, identificados como Hélio Alfredo Teodoro, Maura
Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano,
devem se abster de "promover, participar, incitar greve e praticar atos
que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de
transporte público, bem como mantenham distância das garagens das
empresas consorciadas filiadas ao sindicato [Rio Ônibus]". A decisão foi
assinada pela juíza Andréia Florêncio Berto.
Ainda de acordo com a decisão, que cita a violência praticada na
última paralisação, no dia 9 deste mês, foi fixada multa de R$ 10 mil
por cada ato de descumprimento da decisão.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário